Martina Voss-Tecklenburg na recepção dos torcedores em Frankfurt após o vice-campeonato da Eurocopa de 2022 (Photo by Thomas Boecker/DFB/Pool via Getty Images) |
Enfim, Martina Voss-Tecklenburg não é mais treinadora da Seleção Alemã Feminina. O anúncio oficial da saída da treinadora foi feita pela Federação Alemã de Futebol neste sábado, 4, pela manhã.
A técnica de 55 anos deixa o cargo após cinco anos, tendo disputado 57 jogos com 41 vitórias, 11 derrotas e 5 empates. Afastada desde setembro para cuidar de sua saúde, a alemã causou polêmica por aparições públicas em convenções sem relação com futebol nos últimos meses. A atitude gerou revolta em torcedores e até mesmo críticas de jogadoras da Seleção Alemã. Em carta aberta, MVT chegou a dizer que estava pronta para retornar ao cargo e que acreditava ser capaz de, junto as jogadoras e staff, reestabelecer uma parceria de sucesso.
🎙️ “Isso me deixou com algumas dúvidas. Eu definitivamente gostaria que tivesse acontecido diferente. Por exemplo, que primeiro resolvessemos as pendências da Copa do Mundo para então sair de férias.”
— Fussball Brasil (@FussballBR) October 23, 2023
– Lena #Oberdorf (21), em entrevista. https://t.co/6rNqFG8cg6 pic.twitter.com/jx5UQpjYuK
Mas, não havia mais clima para continuidade do trabalho. Refém de suas convicções, Martina já não tinha mais o vestiário em suas mãos e a decisão é acertada. Todavia, justiça seja feita, o trabalho de Tecklenburg embora não tenha resultado em títulos, não foi um completo fracasso. A comandante teve seus momentos de glória à frente do Nationalelf mesmo que os insucessos tenham sido maiores.
Seu grande trunfo, obviamente, foi o vice-campeonato da Eurocopa de 2022 frente a Inglaterra. No torneio, a equipe deu boas amostras e poderia muito bem ter faturado o título. É uma pena que, na final, Alex Popp e Klara Bühl não tenham ficado disponíveis, pois o destino poderia ser outro. A campanha, porém, gerou bons frutos para modalidade no país e esse talvez seja o legado deixado pelo trabalho da comandante.
Agora, é hora de recomeçar. Assim como em 2018 após a demissão de Steffi Jones, o "bombeiro" Horst Hrubesch iniciou os trabalhos interinamente. Nos resta torcer para que Hotte consiga recolocar o onze nacional nos Jogos Olímpicos e, quando chegar a hora, passar o bastão à boas mãos. A Martina, até mais e boa sorte.
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