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O início difícil de Adi Hütter no Borussia Mönchengladbach

Foto: Imago Images/Dennis Ewert

 Não é segredo que Adi Hütter tem tido um início difícil dentro do Gladbach. Não só pelos resultados, o desempenho e problemas que já vinham aparecendo no trabalho anterior, se tornaram ainda mais notórios.

É interessante começar essa análise dissertando sobre a pré-temporada. Todos os grandes clubes viram boa parte de seus jogadores sendo convocados para EURO e Copa América, e com o Gladbach não foi diferente.

Como consequência de ter um torneio sendo realizado as pressas, além da transição das temporadas 19/20 e 20/21 terem sido curtas. Isso leva o principal problema que é a ausência dos melhores jogadores na pré-temporada e também lesões.

No Gladbach isso foi um grande problema, já que Hütter não teve a oportunidade de ter o elenco todo à disposição em mais de uma partida. Alguns nomes como Jonas Hofmann, Marcus Thuram e Alassane Plea foram alguns jogadores que "revezaram" no departamento médico.

Problemas deixados por Rose

 Depois da derrota em casa para o Köln, por 2 a 1, na mesma semana Marco Rose anunciou a sua saída para o Dortmund. Essa decisão (deixar o clube) não pode ser vista como errada no ponto de vista do treinador, mas o erro de Rose foi não ter gerenciado os problemas do elenco.

O jornalista Tobias Escher, falou sobre isso em seu programa (Bohndesliga): "Não é o caso de Hütter ter uma base na qual ele possa construir algo."

Essa frase é muito boa, porque ela realmente descreve bem o início de trabalho do Hütter. Ele primeiro tem que corrigir e ajustar - em muito pouco tempo - falhas que o time apresenta, para depois poder acrescentar a parte mais complexa do que ele planeja para o time.

Marco Rose durante a partida contra o Schalke 04 — Foto: Imago Images/Jürgen Fromme

Atuações e destaques individuais

 Luca Netz e Joe Scally, de apenas 18 anos, foram gratas surpresas e deixam boas impressões em campo. Ambos conquistaram as respectivas posições por conta de lesões dos jogadores titulares (Bensebaini e Lainer) e fazem atuações seguras.

Os diferenciais do Gladbach nesse início de temporada são Lars Stindl e Denis Zakaria. O capitano dos Potros continua em ótima fase e sendo decisivo. Já Zakaria, tem tido sucesso na busca de retornar no melhor nível físico e técnico.

Já partindo pra atuações da equipe, elas têm sido ruins e rasas, principalmente entramos no tópico sobre repertório. Tanto ofensivamente quanto defensivamente, o Gladbach parece ter um leque limitado de formas de surpreender o adversário e sair de situações desagradáveis.

Bayern de Munique, Leverkusen e Union Berlin é uma tabela difícil pra qualquer time. Porém, o que preocupa mais é o desempenho da equipe. Depois dessas partidas tivemos jogos contra Arminia Bielefeld (V) e Augsburg (D), o desempenho foi péssimo mesmo contra equipes que são consideravelmente piores.


Foto: Imago Images/DFL

Perspectivas para o restante da temporada

 Após a derrota para o Augsburg, boa parte da torcida começou a falar sobre uma possível briga contra o rebaixamento. Não acredito que isso possa acontecer, apesar dos resultados. 

As atuações devem melhorar quando os principais jogadores atingirem o alto nível técnico e não sofrerem com lesões. Está claro que essa será uma temporada de transição para o time comandado por Adi Hütter. 

Mesmo com adversidades, problemas a se resolver durante o campeonato e vendo concorrentes se reforçando, ainda é justo pensar que o time pode ser a surpresa da temporada.








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