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O Bayern de Munique começou muito bem sua trajetória dentro da Champions League, passou por Ajax, BIIK Kazygurt e Rosengård, goleando seus adversários em jogos que demonstrou muito domínio. Foi o início de uma campanha muito sólida para a equipe que ganhava confiança na medida que avançava na competição.
Do outro lado, o Chelsea chegou no confronto vindo de vitórias em cima do Benfica, Atlético de Madrid e Wolfsburg, uma chave mais complicada para o time inglês, que apesar de nem sempre entregar jogos espetaculares, encontrava em seu plantel, recheado de jogadoras de alto nível, soluções para seus jogos, e, contra as bávaras não foi diferente.
O primeiro confronto aconteceu em Munique e trouxe algumas surpresas pelo lado do Bayern. Consciente das dificuldades que seu time poderia sofrer contra o ataque rápido e poderoso das blues, Jens Scheuer optou por entrar em campo com uma escalação mais defensiva do que de costume. Duas de suas principais armas ofensivas na temporada, Lea Schüller e Linda Dallmann começaram a partida no banco e a experiente Laudehr entrou como titular. O plano de jogo das alemãs foi claro, aumentar a marcação no meio campo, não subir muito as linhas para evitar deixar sua defesa exposta e conseguir neutralizar uma das principais formas de jogo do Chelsea, que gosta de usar suas atacantes para explorar, em velocidade, as costas da linha defensiva dos adversários.
Funcionou muito bem, o resultado do primeiro jogo terminou positivo para o Bayern, 2 a 1, com gols de Lohmann e de Glas. O ataque do time londrino ficou apagado a maior parte do jogo e o gol delas saiu em um lance de sorte em bola parada, em que Melanie Leupolz desvia a bola sem querer para dentro do gol.
Imagem: Sebastian Widmann / UEFA / Getty Images
O segundo confronto se desenhava de forma diferente desde as escalações iniciais. Chelsea tinha de volta sua zagueira e capitã, a sueca Eriksson, que tinha sido desfalque no primeiro jogo, o que liberou Sophie Ingle, que tinha formado dupla de zaga com a Bright no jogo de ida, para jogar em sua posição de origem no meio-campo ao lado de Ji e Leupolz. Do lado das bávaras a equipe veio na sua formação mais tradicional, com três atacantes, e com isso Schüller retomou sua posição no comando do trio de ataque bávaro.
Diferente da partida em Munique, o jogo em Londres foi marcado por erros por parte das alemãs. Dois gols em jogadas de bola parada evidenciaram uma das grandes fraquezas do time na temporada. Além disso, assim como nas outras fases da competição, o Chelsea se ancorou em suas peças de qualidade para desequilibrar a partida. O Bayern, nesta formação mais ofensiva, não conseguiu neutralizar o ataque do time inglês. Fran Kirby e Harder deixaram o delas e Sam Kerr teve uma chance clara de ampliar, mas acabou desperdiçando.
O time bávaro sentiu muito o jogo, especialmente fisicamente no segundo tempo, e, ao se lançar no ataque na reta final, precisando de um gol, acabou deixando espaços para contra-ataques, a arma favorita das adversárias, que não hesitaram e aproveitaram a chance. O confronto terminou 4 a 1 para o Chelsea (5 a 3 no agregado), que ficou com a vaga na final, e disputará o título com o Barcelona.
Imagem: Harriet Lander / The Guardian |
O Bayern sai derrotado e deixa evidente a necessidade de reforços em alguns setores para fortalecer o projeto. Dito isso, não há tempo para pensar na eliminação. No próximo domingo, dia 9, o time encara novamente as rivais do Wolfsburg em um jogo que pode definir o título da Frauen Bundesliga, e que será, também, a última chance das bávaras de não deixarem uma de suas melhores temporadas passar em branco.
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