Lahm em sua despedida dos gramados (foto: Imago Images)
Poucos jogadores alemães tiveram uma carreira tão vitoriosa como Philipp Lahm. Fora dos gramados desde 2017, o polivalente ex-lateral, que atuou tanto na faixa esquerda quanto na direita, marcou época a nível de seleções pela Alemanha e a nível de clubes pelo Bayern de Munique. Apesar de todo seu sucesso e títulos, o futebol amador na Alemanha é o que mais preocupa o antigo camisa 21 dos bávaros, impactado de maneira profunda desde o início da Pandemia. “Nosso futebol amador está sofrendo muito. Tenho um filho de oito anos que adora se movimentar- assim como eu antigamente. Está faltando o esporte”, disse o capitão do titulo alemão de 2014 ao site t- online.
Lahm, que é o diretor da Eurocopa de 2024, com sede na Alemanha, foi além sobre a questão da falta de futebol e atividades físicas para os jovens durante a pandemia: “Nossas crianças estão ficando um pouco perdidas durante a pandemia e não sabemos quais serão as consequências para o desenvolvimento delas no futuro. Não é possível se encontrar com amigos, se movimentar ou respirar ar puro no campo de futebol. Por isso a situação atual me deixa triste.”
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— 🏆🏆🏆 FC Bayern 🏆🏆🏆 (@FCBayern) May 18, 2017
Perguntado, todavia, se ele considera a volta do futebol profissional da Bundesliga uma escolha acertada, o ex-defensor foi enfático: “Há para as pessoas- especialmente para o meu filho- um pedacinho de normalidade. Bundesliga aos sábados. Sempre foi assim e isso continuou, apesar do Corona. A Bundesliga oferece às pessoas um pouco de normalidade.”
O que poucos sabem é que além de um jogador leal- detalhe: Lahm nunca sequer recebeu um cartão vermelho em mais de 600 partidas profissionais- ele também é uma personalidade que tem um olhar para os que mais necessitam. Por meio de sua fundação, o ex-jogador ajuda crianças em Johanesburgo e na Cidade do Cabo, na África do Sul, desde 2007. Por conta do Coronavírus, até mesmo o trabalho social foi afetado. “Não podemos ajudar da forma que gostaríamos. O acampamento de verão, com foco principal na alimentação, movimento e no desenvolvimento da personalidade, teve que ser cancelado em 2020. Infelizmente até nosso trabalho social sofreu. Para pessoas em condições precárias a pandemia é ainda mais grave”.
Como seu olhar e cuidado com o cunho social, Lahm também foi sempre um jogador muito discreto e que pouco apareceu na mídia fora das quatro linhas. Um pouco diferente da classe futebolística em geral. “Em princípio sou um cara modesto e nunca “joguei dinheiro pela janela”. Sei que tive uma carreira privilegiada como futebolista. Um jogador da seleção alemã ou do Bayern representa sucesso. E nisso estão incluídos símbolos de status como carros e casas legais, relógios e férias em lugares bonitos. Um nível de vida que para muitos é difícil de se alcançar”.
Icônica foto de Philipp Lahm e Xabi Alonso, jogadores que se aposentaram juntos (foto: Imago Images)
Atualmente com 37 anos, o jogador foi um exemplo de atleta que viveu o mundo de duas maneiras diferentes: o antes e depois das redes sociais. Emprestado ao Stuttgart por uma temporada em 2004, onde iniciaria sua carreira profissional, o duas vezes campeão da Champions League sabe diferenciar bem as duas épocas. “As redes sociais oferecem as duas coisas: Chances e desafios. As redes sociais permitem ter um contato cada vez mais próximos com os fãs o que não era possível antes. Ao mesmo tempo, é preciso sempre ter cuidado como você se apresenta nas redes sociais, qual tipo de visão uma pessoa irá passar e o quão dinâmico elas são”.
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