Phillipp Max em jogo da Bundesliga contra o Schalke 04 (foto: Getty Images/Martin Meissner)
Phillipp Max é atualmente, sem sombra de dúvidas, um dos melhores jogadores alemães da temporada atuando fora da Bundesliga. Em seu primeiro ano longe da Alemanha, o lateral-esquerdo vem de temporada forte na Holanda. Pelo PSV, Max tem até agora ótimos números: somando todas as competições, o alemão tem em 27 jogos seis gols e nove assistências. “Eu me sinto muito bem aqui e é sempre mais fácil para um jogador, quando ele está confortável. Nos últimos anos eu trabalhei muito forte em mim mesmo”, disse em entrevista recente ao SPORT 1.
Os números foram tão positivos que convenceram até mesmo o técnico Joachim Löw a apostar no jogador para a seleção nacional. Aos 27 anos, Philipp debutou com a camisa do Nationalelf no amistoso do 11 de novembro de 2020, contra a República Tcheca. Ao todo, o ex-camisa 31 do Augsburg já tem três partidas realizadas pela tetracampeã mundial. “Para mim foi muito especial ter sido chamado pela última vez. Sempre sonhei e trabalhei para conseguir isso. Demorou algumas semanas até que a ficha caísse. Eu aproveitei meus três jogos pela seleção e quero fazer ainda mais jogos pela equipe”.
Max em estreia com a camisa da seleção alemã (foto: Getty Images/Stuart Franklin)
O sonho com a Eurocopa deste ano, disputada em 12 sedes, inclusive continua bem vivo em sua cabeça. “A participação na Eurocopa é um grande sonho para mim. Em 2016 pude estar nas Olimpíadas no Rio e foi muito especial poder ter ganho a medalha de prata. É sempre um sentimento especial poder representar a Alemanha. Maior do que isso é impossível se alcançar como jogador alemão. Espero que possa ser convincente e, para mim mesmo, digno de estar presente (na competição)”.
Mesmo de longe, a estrela da Eredivisie continua acompanhando com muita atenção, e também apreensão, a situação de seu ex-clube, o Schalke 04. Jogador do sub-19 e da segunda equipe dos Azuis-Reais, Max considera os Königsblauen sua equipe favorita, além de ter desejo de atuar por eles novamente no futuro. “Em minha família só há torcedores do Schalke. E devido ao meu passado Azul-Real, o sentimento nunca foi embora. Machuca muito observar isso (a situação atual do clube). Eu adoraria ajudar o time, na verdade todos os fãs gostariam de fazer alguma coisa para que tudo fique melhor”.
Max nunca escondeu o seu passado Azul-Real (foto: Imago Images)
“Eu estou muito feliz em Eindhoven. Temos ainda muitos planos aqui no PSV, porém não é segredo que eu tenho sempre um olho aberto em Gelsenkirchen.”
Vale lembrar que o sangue pelo time de Nordrhein-Westfalen vem de berço. Seu pai, Martin Max, também foi ex-jogador, com passagem, inclusive, de três anos pelo Schalke. Atualmente Max pai é treinador da equipe sub-17 do S04. “Meu pai trabalha no clube. Todos sofremos e esperamos que o Hunter (Klaas-Jan Huntelaar) ainda faça alguns gols, um milagre aconteça e o clube permaneça na Bundesliga”.
Outro detalhe interessante na entrevista do medalhista de prata no Brasil foi o carinho especial que o jogador possui pelo país verde-amarelo. Como fã da posição desde cedo, Max teve desde a infância um carinho especial por dois jogadores em especial: Roberto Carlos e Marcelo. “Roberto Carlos era o meu ídolo quando eu era mais novo. Depois Marcelo, um jogador “maneiro”, que sempre se comportou tranquilamente em situações de pressão e com movimentos curtos sempre encontrava soluções surpreendentes. Sempre tentei jogar, entretanto, da minha própria maneira. Eu nunca quis imitar, e sim observar”.
2 Comentários
Texto incrível! Os brasileiros que deveriam se inspirar no amor pelo seu clube de formação e na determinação pra reviravoltas na carreira que tem o Max!
ResponderExcluirObrigado pelo feedback positivo Rogério! Espero manter a qualidade lá em cima para os próximos textos. Belo exemplo esse do Max para os brasileiros, sem dúvidas!
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