Ao entrar em campo aos 53 minutos no lugar de Melanie Leupolz na vitória por 3 a 0 sobre Montenegro pelas Eliminatórias para Eurocopa Feminina de 2022, nesta terça-feira (22), Dzsenifer Marozsán completou 100 jogos com a camisa da Seleção Alemã.
Em entrevista ao site da DFB, a craque do Lyon e da Seleção, falou sobre o momento, sua carreira e mais.
O que significa para você completar 100 jogos pela Alemanha?
"Quando pensei sobre isso antes, fiquei arrepiada. Acho que é uma ótima marca. É um dia especial que vou aproveitar"
Você se lembra da sua estreia com a camisa da Seleção?
"Não me lembro muito do jogo em si. Ainda me lembro de sentir uma sensação de formigamento no estômago quando fui escolhida para entrar no lugar de Prinz, aos 18 anos. Lembro-me dela vindo até mim e me aplaudindo. Foi um grande momento"
A meia fez sua estreia em 2010, em amistoso contra a Austrália, em Wolfsburg, vencido por 2 a 1 pelas alemãs. Entrou aos 69 minutos no lugar de Prinz.
Como você se sente quando olha para sua carreira?
"Muita coisa aconteceu, dez anos é muito tempo. Houve muitos altos e baixos. Definitivamente, tenho me desenvolvido muito como pessoa e como jogadora desde então. Eu era muito jovem (quando estreou pela Seleção) e tive que aprender muito. Acho que agora posso passar minha experiência para as jovens jogadoras. Temos muitos jogadoras talentosas que realmente dão tudo de si nos treinos"
Seus laços estreitos com sua família são bem conhecidos. Quanto dói saber que seu irmão e seus não podem estar presentes neste momento especial e como você mantém contato com eles?
"Estão sempre no meu coração! Como de costume, ligo para eles antes das partidas. É sempre uma boa forma de se motivar. Este ritual é muito importante para mim. Sei que sempre estão próximos de mim, mesmo que não estejam no estádio"
Assim como neste verão, não haverá nenhum grande torneio para a Seleção no verão de 2021. Você já pensa na Eurocopa de 2022 ou talvez até mesmo para Copa do Mundo de 2023, que acontecerá na Austrália e na Nova Zelândia?
"Desde que o coronavirus apareceu, não dá pra pensar muito no que vem pela frente. As datas estão definidas, mas tudo pode ser adiado novamente. É melhor olharmos apenas para o atual momento. Ainda temos que jogar o restante das Eliminatórias para Eurocopa e esperamos jogar a Copa. Se eu ainda estiver saudável em 2023, naturalmente buscarei disputar o torneio. Terei quase 32 anos, mas por quê não? É o único título que ainda me falta, mas definitivamente não me pressiono para conquistá-lo"
Você ganhou a Liga dos Campeões Feminina pela quinta vez, a quarta consecutiva com o Lyon. Mas também foi um título que não pode ser comparado a nenhum outro devido às restrições impostas pela pandemia. Como se sentiu com relação a isso?
"Como campeãs, estávamos no papel de favorito. Mas resistimos à pressão das expectativas. Isso deixa-me orgulhosa e feliz. Fizemos história, foi muito especial, mas o sentimento era estranho. Nós comemoramos no campo e no vestiário, depois voltamos para Lyon - mas não havia mais tempo para celebrar. Infelizmente, não parecia ser nada especial. Recebi um monte de mensagens depois - incluindo de colegas da Seleção."
Martina Voss-Tecklenburg (técnica da Seleção) disse que há uma enorme pressão mental para ganhar um título após o outro em um clube tão ambicioso como o Lyon. Você pode confirmar isso?
"A cada ano que passa, fica mais difícil ganhar a Liga dos Campeões. Todos os grandes clubes estão fartos de nós sempre à frente. Sentimos que em cada jogo, em cada duelo, o nosso adversário quer nos derrotar de toda forma - também percebemos isso frente ao Bayern e ao Wolfsburg (nas quartas e na final da UWCL 2019/20)"
Durante a última janela de transferências, os clubes da liga inglesa melhoraram muito com as poderosas contratações. Por que você ficou em Lyon?
"Estou feliz que o futebol feminino esteja se desenvolvendo muito na Inglaterra. Se há investimento, pode haver sucesso. Também recebi uma oferta da Inglaterra. O campeonato ficou muito atraente, muito equilibrado. Mas, para mim, o Lyon é o melhor clube, com o nosso presidente (Jean-Michel Aulas) não há diferenças entre as equipes masculinas e femininas. Eu me sinto valorizada. Gosto de estar em Lyon todos os dias. Está tudo correndo muito bem. Foi definitivamente a decisão certa (permanecer). Estou bem, tenho uma vida maravilhosa"
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