(Divulgação/DFB) |
Da primeira temporada em 2008/09 até 2012/13, a 3. Liga operou no prejuízo. A DFB chegou a ter um déficit de mais de 20 milhões de euros. Isso, claro, influenciou a situação financeira dos clubes que dela participaram e ainda é tema de diversos debates entre dirigentes. Com a pandemia do COVID-19 e toda crise gerada devido a doença, vários clubes da temporada 2019/20 encabeçaram um movimento exigindo mudanças.
Com muito menos interesse da TV do que as duas principais divisões do futebol germânico, os clubes da terceirona sobrevivem principalmente com a venda de carnês de ingresso para a temporada, assim como as entradas avulsas que são vendidas para as partidas regularmente. Com a paralisação do campeonato devido a pandemia e a possibilidade dos jogos serem disputados sem público, algumas equipes se posicionaram e exigiram o encerramento do campeonato sem acesso ou rebaixamento: Hallescher, Waldhof Mannhein, Magdeburg, Preussen Münster, Sonnenhof Grossaspasch, Zwickau e Carl Zeiss Jena foram as associações que se manifestaram oficialmente no comunicado. Os clubes deixaram claro que em meio a pandemia o futebol deveria assumir uma posição de responsabilidade social e não usar testes para que os jogos fossem realizados, pois poderiam ser melhor aproveitados pela população. Dirigentes de Munique 1860 e Unterhaching, preocupados com a situação financeira de seus clubes, também falam em levar uma proposta à DFB para que o campeonato se torne sub-23 futuramente, fazendo com que os custos de elenco fossem menores, já que dessa forma poderiam usar melhor a base.
Tradicionalíssimos, Kaiserslautern e 1860 München flertam com a falência há anos. (Divulgação/Faszination FanKurve) |
Como resposta, a DFB até o momento anunciou que vai flexibilizar as licenças para a disputa do campeonato na próxima temporada. Conhecida por ser muito rígida, a Federação Alemã costuma fazer exigências e garantias financeiras bem altas para os clubes que disputam a competição e principalmente aos times que sobem da Regionalliga, que é semi-amadora. Com várias agremiações em risco de falência, o vice-presidente da federação Peter Frymuth anunciou uma mudança no regulamento que vai permitir a licença mesmo para os que passam por situação financeira instável.
Criada como uma possível salvação para vários clubes e profissionalização do futebol, a 3. Liga até hoje ainda é apenas uma promessa que nunca chegou a ser o que era no papel. Muito pelo contrário, consegue ser um "monstro de sete cabeças" para a maioria dos times que a disputam. Resta aguardar para sabermos se um dia a DFB conseguirá contornar os problemas e fazer a liga sustentável.
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