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O que esperar do Leipzig na Champions League


A Alemanha tem três times nas oitavas de final da Uefa Champions League e o campeonato alemão não poderia estar melhor representado. Apesar do Borussia Mönchengladbach se firmar entre os primeiros da tabela, são os outros integrantes do G4 que produzem o futebol mais atraente e do país. 

O talento ofensivo e poder de fogo de Bayern de Munique, Leipzig e Borussia Dortmund são capazes de ferir um adversário de diferentes formas, com diferentes jogadores. Os três já passaram dos 55 gols marcados nesta Bundesliga, enquanto o quarto melhor ataque do campeonato - que pertence ao Gladbach - ainda está em 42.

Com a principal competição de clubes da Europa começando sua fase mata-mata, vamos analisar o que torna essas equipes tão atraentes e também quais pontos fracos podem ser explorados pelos rivais. No segundo texto, as principais características positivas e negativas do Leipzig. Veja aqui a análise do Borussia Dortmund.

Forças
Versatilidade é uma das principais características de Julian Nagelsmann como treinador. As equipes dele são capazes de mudar muito taticamente de um jogo pro outro, e até mesmo dentro de uma mesma partida. O duelo do início de fevereiro contra o Bayern de Munique é um bom exemplo disso. Com bola, o time tinha dois zagueiros. Sem ela, tinha três. Isso numa partida em que não fez muita questão de ter a posse de bola, como costuma acontecer na Bundesliga.

Um dos pontos que Nagelsmann não costuma negociar em seu plano de jogo é a marcação forte. O melhor Leipzig desta temporada - e também de outras temporadas recentes - é aquele que, assim que perde a bola, encurrala o adversário. A ideia é recuperar a posse o mais rápido possível e ter a chance de começar o seu ataque já perto do gol. Quando a estratégia funciona, o time é capaz de ir do desarme à finalização em questão de segundos. E mesmo que não saia um chute, evitar que o oponente passe da linha do meio-campo já é um bom negócio. Laimer, um dos maiores ladrões de bola do atual campeonato alemão, é peça silenciosa, mas fundamental para fazer essa engrenagem funcionar.

A ideia de roubar a bola e atacar em velocidade casa muito bem com o estilo de Timo Werner, principal jogador do Leipzig na temporada. Ele tem seus melhores momentos quando é lançado em velocidade nas pontas - tanto faz se na esquerda ou na direita - e recebe a bola nas costas da defesa para criar um lance de perigo ou finalizar por conta própria. Werner gosta de desafiar a linha de impedimento e é muito perigoso quando leva a melhor nessa briga para ficar milímetros atrás do penúltimo defensor. Como ele gosta de se movimentar pelo ataque, é importante ter um companheiro mais fixo na área e Patrik Schick está cumprindo bem esse papel, com 6 gols em 12 jogos na Bundesliga. Ainda assim, não chega aos pés dos 20 gols em 22 jogos de Werner no campeonato.

Fraquezas
Um treinador de apenas 32 anos, liderando jogadores jovens de um clube que está disputando pela primeira vez o mata-mata da Champions League. A falta de experiência obviamente pode ser um peso contra o Leipzig na competição, ainda mais considerando que o adversário das oitavas de final tem José Mourinho no banco de reservas. Dos 11 titulares no último jogo pela Bundesliga, contra o Werder Bremen, só 4 já completaram 24 anos de vida. Na Alemanha a idade não vem sendo um problema para competir diretamente pelo título. A ver qual será o impacto disso no cenário europeu.

O ataque do Leipzig é o terceiro melhor do campeonato alemão, com 56 gols, mas apresentou alguns sinais negativos em 2020 enquanto não teve espaço para jogar em velocidade. O time mostrou dificuldades para criar chances contra defesas recuadas, que colocavam todos os seus jogadores atrás da linha da bola. Talento individual e falhas feias dos adversários acabaram sendo decisivos para os gols contra Union Berlin e Borussia Mönchengladbach, por exemplo. O ponto fora da curva foi contra o Werder Bremen, time que mais sofreu gols ma atual Bundesliga e, portanto, não é grande parâmetro. Em uma equipe que gosta de ter a bola, é fundamental encontrar alternativas.

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