Foto: Alexandre Simões/Borussia Dortmund |
Em 1995, Weidenfeller começou a carreira no futebol nas categorias de base do Sportfreunde Eisbachtal. Um ano depois, foi transferido ao Kaiserslautern, onde foi promovido ao time profissional. Após passar pelo time Sub-17, Sub-19 e pelo segundo time, estreou na equipe principal em 1999. Em 2002, quando tinha 21 anos de idade, foi contratado pelo Borussia Dortmund e iniciou uma trajetória interessante com a camisa aurinegra.
Uma rivalidade com Jens Lehmann – outro goleiro importante para o futebol alemão – foi iniciada. O arqueiro também estava na equipe, mas se transferiu ao Arsenal no ano seguinte. Aos trancos e barrancos, Weidenfeller soube esperar a oportunidade e assumiu a meta como titular em 2004. Foram 11 anos como pessoa imutável em defender as redes aurinegras, onde ficou mais destacado durante o período em que Jürgen Klopp, hoje no Liverpool, levou o BVB à época mais áurea no século corrente. A longa e bela trajetória só não foi maior que Michael Zorc, hoje diretor-esportivo do Dortmund.
Se o Borussia Dortmund foi bicampeão da Bundesliga em 2011 e 2012, Weidenfeller é um nome importante. No primeiro título, foi o líder da equipe. No segundo, ficou ausente de apenas duas partidas e pode ser considerado o nome do título, uma vez que defendeu uma cobrança de pênalti de Robben na 30ª rodada do Campeonato Alemão daquele ano. A vitória simples sobre o Bayern de Munique garantiu a liderança e a conquista da Salva de Prata.
Apesar da vingança de Robben ao marcar o gol que deu o título da UEFA Champions League em 2013, o técnico da Seleção da Alemanha, Joachim Löw, era constantemente indagado sobre a ausência de Roman nas convocações da Mannschaft. Até que em novembro de 2013 foi convocado e disputou a primeira partida com a camisa da seleção nacional aos 33 anos de idade. Assim, se tornou o goleiro mais velho a defender a Alemanha. E estreou bem, com vitória simples sobre a Inglaterra em Wembley. No ano seguinte, fez parte do elenco que conquistou o tetracampeonato mundial na Copa disputada aqui no Brasil.
Mas o cotovelo passou a incomodar. As dores frequentes e a chegada de Thomas Tuchel no comando técnico relegaram o goleiro a ser o segundo no Borussia Dortmund. Ficou acordado que Bürki seria o arqueiro nas competições nacionais, enquanto Weidenfeller seria titular nos torneios europeus. Aí a liderança dentro de campo passou a ser espalhada ao elenco. O próprio admitiu que tinha um novo papel no BVB, com a responsabilidade de ser uma pessoa com experiência no grupo e manter a união da equipe. Ainda assim, o prestígio no clube e na torcida permaneceram irreparáveis e em um nível elevado.
Roman Weidenfeller em sua última partida (Foto: Reprodução/Twitter) |
Ao longo da belíssima trajetória, conquistou duas Bundesliga, duas Supercopas da Alemanha, duas Copas da Alemanha com o Borussia Dortmund, além do título mundial em 2014. Foram 550 jogos, com 642 gols sofridos, 173 partidas sem sofrer gols, 19 cartões amarelos e quatro expulsões. Mais uma lenda se despede. Por todos os serviços prestados, Danke!
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