Costumeiramente presente na Champions League, ou seja, dentre os quatro melhores do campeonato
alemão, o Schalke 04 retorna a
principal competição continental após três temporadas de instabilidade –
essencialmente no comando técnico dos azuis reais, colecionando trabalhos ruins
até a chegada de Tedesco, na atual jornada. De 2004 a 2014 os azuis reais
ficaram entre os quatro melhores classificados da competição em oito de dez
oportunidades.
Após péssima campanha na temporada passada (10º),
sob a tutela de Markus Weinzierl, a direção do Schalke resolveu apostar em um
jovem treinador em ascensão: Domenico
Tedesco, ex-Aue. Com um sistema tático mais bem definido, o treinador conseguiu
recolocar os azuis reais na prateleira de cima da Bundesliga, ficando com o vice-campeonato, muito graças a
consistência defensiva da equipe, comandada pelo experiente zagueiro brasileiro
Naldo.
Com vasta experiência na competição, o zagueiro foi
peça fundamental na campanha dos Royal Blues, sendo o defensor com mais gols na
temporada (7), além de duas assistências e participação em todas as partidas da
competição, mesmo aos 35 anos de idade. Dessa forma, notoriamente, e contando
com excelentes participações do “Fenomenaldo”, o Schalke 04 teve como aspecto
positivo preponderante a sua defesa, uma das menos vazadas da liga, atrás
somente do campeão Bayern de Munique e do Stuttgart.
O ataque, contudo, apesar da boa campanha da equipe,
foi o menos letal entre os seis primeiros da competição, algo comprovado,
inclusive, pela presença de Naldo como o vice-artilheiro da equipe na
competição, atrás somente de Burgstaller,
com 11. Seguindo a lista, nenhum outro atacante surge na sequência: Caligiuri,
Goretzka e Bentaleb foram os outros jogadores completaram o top 5 de
artilheiros na temporada.
Breel
Embolo, o qual a expectativa era enorme, sofreu novamente
com algumas lesões e pouco contribuiu ofensivamente, assim como o contestado Franco di Santo, que ao contrário do
suíço, atuou em praticamente todas as partidas, seja como titular ou vindo do
banco, porém o argentino registrou somente três tentos durante toda competição.
A expectativa para a próxima temporada é que o
trabalho de Tedesco tenha continuidade, seguindo sua filosofia de jogo, mas com
algumas indagações importantes, principalmente com a volta da equipe à
Champions League: quais serão as reposições as saídas de Goretzka e Max Meyer?
Principalmente o primeiro, que, após enfim conseguir se destacar na equipe,
sairá sem custos para o Bayern de Munique, enquanto o segundo, também com muita
‘hype’, não deixará tantas saudades no clube – algo refletido em sua conduta
nos meses finais de contrato, inclusive sendo afastado pela direção. Além
disso, há a explicita preocupação em reforçar o ataque para disputar à
Champions – evidentemente não será possível alcançar marcas significativas com
Franco di Santo no comando de ataque.
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