(Foto: Alexandre Simoes/Borussia Dortmund/Getty Images) |
Depois da demissão de Thomas Tuchel ao final da última temporada, a dupla Watzke e Zorc teve de escolher um substituto com rapidez para que o planejamento pudesse ser feito. O primeiro queria trazer Lucien Favre, que estava empregado pelo Nice, mas, após muitos entraves, o nome de Peter Bosz, que havia sido vice da Liga Europa com o Ajax, foi o escolhido. Para o elenco, Toprak, Dahoud, Phillip, Toljan, Yarmolenko e um jovem Jadon Sancho foram contratados. Bons nomes que pareciam que agregariam muito para um elenco que já era bom. No final da temporada anterior, o encaixe começava a ser encontrado, então, o novo treinador só deveria aparar as arestas restantes para construir um time realmente competitivo. Depois da fraquíssima pré-temporada, com resultados assustadores, o time deu mostras de que seria forte nas primeiras rodadas.
Nas sete primeiras partidas da liga, resultados impressionantes e um futebol de alto nível. Porém, nas partidas de Champions, notava-se uma queda de rendimento. Mesmo assim, o cenário nacional era animador. Liderança com cinco pontos de vantagem para o rival Bayern. Então, na rodada oito contra o Leipzig, veio o primeiro revés, algo que se tornaria comum. Somente no campeonato, o Borussia acumulou oito jogos sem vitória, viu os rivais o ultrapassarem com facilidade e as chances de título irem para o espaço. Na Champions, eliminação com apenas dois empates contra o pequeno Apoel. Depois da derrota para o Werder Bremen, Bosz não aguentou e foi demitido. Para seu lugar, Peter Stöger, recém demitido do Köln.
(Foto: TF-Images/Getty Images) |
Os resultados começaram a voltar, mas, dentro das quatro linhas, o rendimento seguia sendo fraco e desanimador. Jogadores como Sokratis, Schmelzer, Schürrle e Castro não demonstravam nada daquilo que um dia os consagrou. Outros nomes como Pulisic e Weigl tiveram queda notória de rendimento. Mas, de empate em empate e aproveitando os tropeços adversários, o Dortmund foi subindo na tabela e criando a falsa impressão de um bom trabalho de seu treinador. Na Liga Europa, depois de uma classificação sofrida contra a Atalanta, a eliminação para o Red Bull Salzburg, superior aos alemães nas duas partidas. Ali, todos os problemas da equipe, sejam eles identitários ou não, ficaram evidentes. A defesa voltou a ter buracos, as laterais eram verdadeiras avenidas e o ataque perdeu muita velocidade, sem contar a falta de criação que o meio tinha.
Criou-se uma dependência dos passes de Mario Götze, um jogador que não pode jogar todas as partidas por conta de seus problemas físicos, Marco Reus era, muitas vezes, sobrecarregado com funções que ele nunca desempenhou bem e criou-se em Batshuayi a ideia de que ele seria um salvador improvável. Tudo isso rendeu ao time alguns resultados que a torcida não gostou de ter que digerir, como a derrota no Revierderby e a goleada sofrida contra o Bayern. Aliás, a mesma torcida que é conhecida por seu apoio condicional sentiu a apatia da equipe e, em muitas partidas, não conseguia ter reação. No final da temporada, necessitando somente de uma vitória para se classificar para a próxima Champions, o time conseguiu ser derrotado duas vezes sem nem ao menos chegar perto de mostrar uma reação. A classificação acabou vindo pelo saldo de gols adquirido na temporada. A boa notícia? O comando técnico será trocado novamente. Pelo menos esperança se poderá ter...
Na próxima temporada, deve se esperar uma reformulação do elenco junto com a troca do treinador. Lucien Favre é o mais cotado para o cargo e já se ouve falar muito em alguns nomes em uma lista de dispensa. Líderes como Schmelzer e Sahin já não devem permanecer, pois a diretoria vê neles focos de dissidência no elenco.
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