Não se deve esperar muito dos mexicanos
Após sobrar nas Eliminatórias da Concacaf, os adversários da estreia alemã fizeram dois amistosos antes da chamada para a lista final da Copa do Mundo. E as impressões não são muito boas...
Dez jogos, seis vitórias, três empates e somente uma derrota. Essa foi a campanha do México de Juan Carlos Osorio na fase final das qualificatórias para a Copa do Mundo. Tais resultados garantiram o primeiro lugar e a classificação mais do que adiantada para o torneio. Porém, os bons números não mostram nada mais do que o nível fraco do futebol norte-americano. Quando o time de Osorio encara adversários de outros locais tende a sofrer bastante. Peguemos como exemplo o primeiro torneio do "Profe" no comando, a Copa América de 2016.
Após boa campanha na fase de grupos, com vitória sobre o Uruguai e atuações de encher os olhos, o time sofreu uma goleada de 7 a 0 nas quartas para o Chile e acabou de fora do torneio. Algo parecido ocorreu na Copa das Confederações do último ano, quando, após empate com boa atuação contra Portugal, a equipe sofreu contra as fracas seleções de Rússia e Nova Zelândia e sofreram uma goleada por 4 a 1 para a Nationalelf.
Foto: Divulgação/México |
Inconsistência é a tônica do time de Osorio e, principalmente, de sua defesa. Na partida contra a Islândia, primeira dessa Data FIFA, isso ficou evidente. Apesar de possuir o domínio da posse de bola, sua defesa sofria por conta da criação adversária. Até o momento do primeiro gol, os europeus dominavam a partida e a sensação de quem assistia era de que a qualquer momento eles marcariam. Outro problema notado durante a partida foi a dificuldade do time mexicano em propor o jogo com o adversário tendo as linhas adiantadas, algo que os islandeses souberam fazer muito bem. Na segunda etapa, com a entrada de Hirving Lozano, o México ganhou na criação e, 15 minutos depois, Miguel Layún voltou a marcar. O terceiro gol (belíssimo, por sinal) já ocorreu durante os acréscimos. Apesar do placar extenso, os problemas do time foram facilmente notados.
Foto: Tony Gutierrez/AP |
No último jogo amistoso contra a Croácia os defeitos se mantiveram. Mesmo tendo o domínio da posse da bola, a marcação croata não os deixava criar jogadas de perigo e, além do mais, conseguia fazer com que seu ataque tivesse boas chances. A vitória por 1 a 0, com gol de Rakitic, acabou sendo merecida e importante para deixar um alerta para o treinador mexicano.
Se quiserem se destacar no grupo alemão, o México terá de solucionar o problema defensivo e de sua saída de bola. Qualquer time com marcação alta e eficiente será capaz de batê-los se seguirem desse jeito.
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