Desde 1981 fora da segunda divisão alemã, o clube do norte do país faz campanha honrosa e briga pelo acesso
(Divulgação/Kicker) |
Kiel é a principal cidade de Schleswig-Holstein, estado situado no norte da Alemanha. A região, que já fez parte da Dinamarca, tem grande influência do país vizinho. Esportivamente, ao menos no futebol, tem bons feitos somente nos primórdios do futebol germânico, quando o Holstein Kiel disputava, principalmente com o Hamburgo, a hegemonia das divisões regionais no norte.
Campeão alemão em 1912, o Kiel alternou por muitos anos entre as segunda, terceira e até quarta divisões do Campeonato Alemão após a criação da Bundesliga. E mesmo se tornando um mero coadjuvante por décadas, o clube não perdeu suas forças, inclusive tendo uma ascensão interessantíssima nas últimas temporadas.
A primeira esperança de retorno apareceu na temporada 2014/2015, quando o time perdeu os playoffs de acesso pra 2.Bundesliga, em uma derrota dolorosa pro Munique 1860, sofrendo um gol nos acréscimos na Allianz Arena. No entanto, o revés serviria apenas como aprendizado ao clube e seus torcedores, que duas temporadas depois se deleitariam com a glória do acesso. Em uma temporada (16/17) de superação e marcada por uma marcante arrancada, o Holstein Kiel garantiu o acesso de forma convincente pra alegria de seus torcedores que esperaram longos e angustiantes 36 anos fora da segundona alemã.
O time
Para a intensa e disputada 2.Liga, o clube de Schleswig-Holstein manteve a base e fez apenas contratações pontuais e de baixo custo, filosofia esta que vem dando muito certo e traz a terceira posição pros tricolores após liderarem boa parte da competição. David Kinsonbi, defensor que chegou a custo zero do Karlsruher, se tornou peça crucial no setor defensivo. No entanto, o maior destaque vai para os jogadores que fizeram parte da campanha de acesso do Kiel na 3.Liga.
O artilheiro Marvin Ducksch comanda o setor ofensivo do Kiel (Divulgação/ThisIsFutbol) |
Na defesa, Kronholm segue o dono da meta. Schmidt, Herrmann e Czichos continuam indispensáveis na zaga. No meio de campo, nomes como Lewerenz, Schindler, Drexler, Pletz e Mühling dão a solidez necessária para a fluência do jogo da equipe, que costuma atuar no 4-1-4-1. E no ataque, o artilheiro Marvin Ducksch fica responsável pelos gols do time. Em uma notável crescente nesta temporada, Ducksch já soma onze gols na 2.Bundesliga e briga pela artilharia da competição. Dono do segundo melhor ataque da liga, os comandados do técnico Marcus Anfang também são um dos melhores mandantes e brigam pelas primeiras posições com Nuremberg e Fortuna Düsseldorf, apesar de oscilarem e viverem fase instável em 2018.
O Holstein Kiel, em sua primeira aparição na 2.Bundesliga após 36 anos, faz campanha honrosa e se candidata a maior surpresa do futebol alemão na temporada. Apesar do modesto orçamento, o torcedor se permite sonhar com o acesso, e mesmo que ele não venha, não apagará a bela e respeitosa volta para a segunda divisão.
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